Recuperar o falo, sem querer ser rei.
E ainda permitir-se
sentir,
rir,
gritar,
comandar,
chorar.
Tragar o charuto,
Sem enfiá-lo entre os olhos de ninguém.
E soprar a fumaça pelos (A/a)res,
E ainda tossir, engasgar-se, sufocar.
Ser Zeus e destruir com raios os inimigos,
e ainda ser Adonis.
Ser Shiva e com um olho destruir um mundo,
ser purusha e ainda ser prakriti.
Ser Afonjá e fazer justiça com o oxê
e permitir-se ser Aganju também.
Sofrer pelas pedras que domina,
Rolá-las até topo do monte e vê-las cairem,
suportá-la nas costas,
e ter o figado destroçado por abutres
quando acorrentado sobre elas.
Ser homem e ser humano,
tomar posse da minha imortalidade
sem ter o corpo ardido pelo veneno da túnica inverdadeira de Dejanira.