sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Biscoito Fino

Sei lá. Tipo assim.
Descobri de repente
Minha alma feminina é um oreo.

Toda vez que essas músicas me vêm à cabeça é sempre sinal de que preciso partir.
Viajar para que eu reconstrua o que se quebrou.
Foram assim tantas vezes.
No entanto, o tempo, esse implacável senhor de tudo e de todos e que me tirou tanto, hoje tira de mim a possibilidade de sentir o gosto do pó da estrada nos olhos.

Agnosticismo

Ei, você!
Nada do que me fala me diz respeito.
A sua fé é sua crença.
Nada espero do mistério do mundo
E espero tudo da vida.

Incondicional

De repente,
Nenhum palavra de amor mais saiu de nossas bocas.
O fel e a espuma era mais fortes que o gosto de nossos beijos.

Sabe a dor?
Essa que nos infligimos por nos perdermos?
Essa que achei maior a minha,
E a sua, a maior de todas?

Sabe o amor?
Cuja condição foi tê-lo incondicionalmente?
Esse era o maior que tive (tenho),
E o seu, o mais triste do mundo?

Sabe a distância?
Fim de quem ama?
Que a minha foi de quilômetros
E a sua, a mais longe?

Querendo ou não
Nos perdemos nas condições da distância que nos colocamos.
E ainda olho para você
E você olha para mim
Ambos sonhando com a mesma coisa.



Ode a São Paulo

Eu não sei se canto louvores à melhor cidade do país,
Ou grito de ódio e raiva por este "sonho infeliz de cidade".
Acho que isso é ser paulistano,
Ter uma relação esquizofrênica de amor e ódio com a cidade onde vive.
Sim, onde vive!
Pois ser paulistano não é nascer aqui.
É sobreviver aqui.

Feliz aniversário, velha amiga.
Que conhece todos os meus passos, desde o primeiro.
E certamente irá conhecer o derradeiro.
Que sentiu o meu peso ao pular de alegria e viu meu claudicar na tristeza.
Que sentiu minha filha caminhar e meu pai deitar sobre ti uma última vez.
Que aparou meus chutes e meus joelhos, na raiva e nas quedas.
Que sentiu cada lágrima dos meus olhos.
Que presenciou todas as minhas dores de amores.

Cidade mãe, amante, vil e traidora.
Cidade Medéia que mata os filhos.
Cidade Maria que os conforta e ampara.

É de ti que sempre fujo e é a ti que sempre volto.

Amo/odeio-te, cidade gris.

Parabéns, Villa de Piratininga.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Pendulário

Pendula,
A vida é pêndulo, oscila.

Perdula,
Viver é desperdício.

Mas quem disse que sou avarento?