quarta-feira, 6 de março de 2013

Os sinos tocam por você...

Não!
Não sou um poço de candura liberal. Tenho paixões e com elas, amo e odeio.
Quem me conhece sabe da minha intensidade.
E sei que a morte faz parte da vida!
Mas me recuso a me alegrar com a morte. Qualquer que seja.

Quero sim o extermínio da pobreza!
Quero o massacre da injustiça!
Quero o assassinato da fome!
Quero a destruição da violência!
Todos querem.

As instituições!
Ah! As instituições!
Esses males desnecessários que poderiam morrer para dar vida nova ao mundo!

(A humanidade suporta mais algum século dividida entre capitalismo e comunismo???? No way!)

Se Nietzsche decretou a morte dos deuses, que venha Shiva para acabar com tudo, como uma monção indiana. E que dela renasça um novo pensamento.

Cansado da dicotomia zoroástrica do mundo.

O mundo é da cor do arco-íris, acrescido de infinitos tons de cinza.

terça-feira, 5 de março de 2013

Urbe crônica

Psicopatologia caracterizada pela compulsão de registrar via texto ou imagem a cidade que ama e odeia.

Creta 1

O labirinto de colunas que me levam até o trem assustam o minotauro dentro de mim.

Carrinho de feira

Criança,
Ir à feira com a mãe.
Dirigir o carrinho,
Atropelando pés,
Enganchando rodas.

Lembrança com gosto de pastel e caldo-de-cana.

(Re)

(Re)
conhecimento
encontrar
estabelecimento
viver
incidência
valorizar
equilíbrio
abastecer
velho
alçar
novo
abituar
habilitação

Ou será só o símbolo químico do rênio?

segunda-feira, 4 de março de 2013

Esponja

Absorto,
Observo ela
Observando eu.

Filha

Gotinha de saudades
Que um dia foi.
De tempos em tempos
Vira de temporal.

Cheganças e partências

Estou em compasso de espera.
Esperanças de vir e partir.

Espera paz, trabalho e saúde.
Espera saudade, filha e felicidade.
Espera calma, dor e tristeza.
Espera amor e amizade.
Espera respeito e reconhecimento.

domingo, 3 de março de 2013

Caminhada noturna pela avenida Paulista

Favela ou comunidade?
Elemento ou cidadão?
Crack ou macarrão?

Nas escadarias das igrejas,
Nos bancos de praças,
Na porta dos bancos,
A miséria viceja.
Presente da sociedade
Serviço da coisa publica.

E na avenida,
Em cada canto,
Escada tanto,
Os morlocks paulistanos,
Os mortos-errantes da cracolândia
Assustam o alvo senhor e a limpa senhora.
Enojam o asséptico político.
Assombram cada ser que não quer ver a realidade despejada entre sacos de lixos e colchões.


O homem dos pássaros e da felicidade

Muito tenho a agradecer a ela.
Mas nada tanto quanto ter me apresentado Manoel de Barros.

Luta

Se faz o tempo de guardar.
Recolher cada lembrança
Boa ou ruim
E guardá-la.

Encerrar ciclos de dor, alegria ou esperança.

É tempo de (en)lutar.
E eu luto.

Gozo

Em cada gota
Milhares
E encher-te deles todos
Preenche meu gozo.

Minete

Embaralhar minha barba
Por entre seus pelos
É perdê-los
Entre lábios, línguas e beijos.

Rosebud

Do rosa mais inocente
Ao púrpura mais carmesim
A cor do seu sexo é assim.

Imaginação alva

Branqueia e pagina
Atrai a imagem e a ação
Em cada paginação.