sábado, 15 de junho de 2013

00:30

O vazio da meia-noite e meia trás 
Os bebados do boteco da esquina. 
Eles ocupam com barulho a solidão da minha cama. 

Mas neste quarto tudo é ascético demais.
Faltando o cheiro do calor de corpos que se esfregam. 
Faltando a cola que mina por entre as pernas. 
Faltando a água salobra do suor que as bocas percorrem. 

Falta vida aqui.

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