terça-feira, 1 de abril de 2014

descarte

um dia amor da vida
outro odio mortal

um dia não vive sem o outro
outro não quer te ver nunca mais

somos seres como seringas descartáveis repletos de resquícios de drogas.
usadas, reaproveitadas, até quando menos não convier, lixo... sarjeta.

afastar o bem amado na necessidade (de um ou do outro)
tornam-se fúteis companhias piores que bichons frisés que abanam rabos e dependem da gente pra comer.

amar é não virar as costas nas adversidades
e acompanhar é estar em companhia de...

por isso digo que hoje somos tão dispensáveis quanto o papel higiênico que usamos para limpar o nariz.
e ainda somos cobrados a estar do lado quando precisa...

"Alfredo, cadê o neve?"

E uma hora, Alfredo cansa de ser serviçal  e quererá ser servido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário