sábado, 10 de dezembro de 2016

Palhaços da Paulista

Parado ali. Na esquina. Com os olhos injetados e um sorriso que parece ranger os dentes. O nariz redondo e vermelho combina com a cor amarela do traje. Grita. Pula. Vocifera. Baba. Parece que a raiva aumenta enquanto olha a população diversa da região. A cada casal barbudo que passa, balança a cabeça e limpa o fel que escorre da boca. Não consigo ver naquilo um ser humano e percebo o medo que aquilo me mete.

Neste momento desvio meu olhar daquele ser abjeto e me deparo com uma multidão de seres iguais a ele. Caminham pela avenida gritando, batendo panelas e odiando.

Por um momento, ouço: "miolos, mioloooos", como em um dos filmes de George Romero.
Penso se essa fome de cérebros se devavà ausência de neurônios capazes de entender o quão ridículos são.

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