sábado, 1 de dezembro de 2012

Pornografia (Eufemismo n.º 1) - Um beijo

Eles se encararam como se fossem brigar. Mais uma vez! As brigas estavam freqüentes ultimamente. Olho no olho, brotava fogo dos olhos dos dois. Parecia que daquela vez eles chegariam nos finalmentes, com direito a porrada e palavrões. Chegaram bem perto um do outro. De repente, ela mordeu o lábio inferior dele. Mordeu com força, mordeu com raiva, mordeu com vontade. Nos olhos fechados dele se via a dor e na sua boca que escorria sangue um sorriso. Da mordida passou se ao beijo quase que por instantes. Parecia que todos aqueles momentos passados de fúria, frustração e traição. Tinham se resumido naquele beijo. O sangue na boca dele/dela se misturava a dentes, línguas e gengivas. Como o sangue escorria, a boca dela também escorria pelo rosto, com mordidas intensas no queixo, na testa, no nariz, na orelha, na nuca. Pairando sobre o peito manchado de sangue, sob os restos de uma camisa já em retalhos, ela começou a morder-lhe os pelo. A arrancá-los um a um. Ele, quase objeto, urrava de dor, ardor sem pudor. Quase objeto, mas não inerte, passivo mas não submisso. Motivado sabe-se lá pela dor ou pelo prazer, rasgou a roupa dela de uma só vez. Procurou-lhe o sexo com os dedos mas foi logo impedido pela mão dela. Mão que cravava as unhas no peito, no braço, no rosto, nas costas, em todo corpo. Mão que terminou de despi-lo. Mão que apertou-lhe os culhões com a força suficiente para fazê-lo gemer baixinho. De prazer, de tesão. Ele, novamente, procurou no que agarrar e foi prontamente impedido. Tentou peito, tentou cabelo, tentou buceta, tentou pernas, tentou cu. Fraco, debilitado se rendeu mais uma vez. Enquanto as mãos dela se ocupavam, a boca mais calma então engoliu com...