sábado, 1 de dezembro de 2012

Pai

Tristeza
Meu coração quase parado
Está chorando de saudades
A rápida lembrança não permitiu me aprofundar
Não me permiti afundar.

Estou com você na minha lembrança
Tentando compor
Tentando compô-lo
Ainda me assombra
Ainda me atrapalha

Ainda te amo meu pai...

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Não existe solidão,
Não existe abandono.
Existe estigmas.

Manchas a serem limpadas
Não é a distância
Nem o isolamento
Que mudará isso.

Mas aqui,
Sozinho,
Neste momento,
Choro.
Na ridícula esperança de te lavar definitivamente da mente.

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A lembrança daquele homem ainda me acompanharia por muito tempo. Ele pedindo ajuda calado olhando as pedras que o mar a cada onda engolia, mas eu longe ignorava o significado daquele anseio. Se atirou pobre homem nas facas dos ouriços encravados nas pedras. Perda.

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Quanto dor ainda não senti
Da morte do meu pai
A perda real de todo meus castelos.

“...Volta, dai lenitivo a minha dor...”

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O homem velho me observa
Assombra a sombra,
E o sapo coaxa logo ali...

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Sob a agitação do mar,
A vontade da saudade...
E essa sede que não me passa.