sábado, 1 de dezembro de 2012

Enfiou-lhe as unhas na carne...

Enfiou-lhe as unhas na carne e puxou,
Urrou de dor,
Uma dor absurda que quase o fez desfalecer.
O sangue que escorria, sujava o lençol
E ela como um bicho faminto lambia o pano.

Suas costas, em carne-viva, ferviam com a dor.
Vermelha, ela, a carne viva pedia que parasse.
Mas o bicho, excitado pelo cheiro de animal ferido fremia
Procurando a fonte de tanto sangue...

Molhado então acordo deste pesadelo para descobrir-me ferido, sujo e culpado do crime que meu coração cometeu...