domingo, 2 de dezembro de 2012

Passarim


Se me deixo dominar pelas suas vontades
É pelo amor.
Se me deixo me irritar pelas suas implicâncias
É pelo amor.
Se me deixo magoar pelas suas verdades
É pelo amor.

Mas se distancio
Mas se calo na dor
Mas se seguro o choro
Mas se guardo as minhas dores.

Também são por amor,
Mas é por um amor a mim
E por um amor num futuro onde você me passará respeitará.

Ao seu lado, sinto completude.
Eu do seu lado, sonho com felicidade.
Sou homem que, sim, preciso de mulher.
Mulher, rosa sardenta, sonhadora realista, mãe e mulher amorosa que vive hoje a loucura de querer se dividir em filho e um cara que ela não assume.
Forte fisicamente, nénem nos momentos de solidão mental em que busca sozinha achar soluções, sem querer apelar pro cara, pra família ou mesmo sem saber chamar os amigos.

É essa mulher que em semanas outonais de maio fiz e refiz escolhas de amar.

Simples? Nem ela, nem eu.

Quero-a. Como querê-la? Fácil?

Como tê-la? Difácil.

Parece passarinho assanhado do Ibirapuera que come na mão se esbalda, mas se recusa a estar do lado sempre, mas se recusa sair de perto.

Cadê teu penacho?

Tenho cá quilos de pão pra te carinhar e sei que tem biquinhos pra me beijar.

Ama-me.

Larga essa ira.

Estou lutando contra ela e a mágoa em mim. Faz também. Por favor, passarim.

Amo-lhe.

Amém.